Sem salário há sete meses, vigilantes abandonam guaritas da Uenf

Os funcionários pertencem a uma empresa terceirizada que presta serviços à universidade.  Sem receber salários desde o mês de março, vigilantes de uma empresa terceirizada que presta serviços para a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) suspenderam as atividades até que a situação seja normalizada.Em agosto desse ano, a categoria passou a atuar com apenas 30% do efetivo nos campus da instituição. O clima entre os estudantes é de insegurança e revolta. De acordo com um vigilante que teve a identidade preservada, o prazo para regularização dos pagamentos expirou nesta quinta-feira (20). Ele estava na guarita principal da universidade recolhendo materiais pessoais, na manhã desta sexta-feira (21). Segundo o sindicato dos Vigilantes do Norte e Noroeste Fluminense, ao todo, são 84 trabalhadores com salários atrasados.


 “Trabalhamos até hoje confiando na proposta que o governo fez à empresa. Mas, o acordo não foi cumprido e não temos mais como esperar a boa vontade de quem quer que seja. São sete meses. É quase um ano sem ver a cor do dinheiro deste trabalho. Alguns colegas ainda tinham outro emprego. Outros, não. Imagina para um pai de família sair para trabalhar e não pagar as contas ou colocar alimentos na mesa? A gente lamenta pelos estudantes e funcionários que ficarão sem segurança, mas eles entendem a nossa situação também”, afirmou o vigilante.

 Para o estudante de Engenharia Leonardo Rangel, deixar o campus sem vigilantes fere o direito constitucional do cidadão. “Temos direito à segurança, é lei. Mas, ao que nos parece o estado não está interessado nas pessoas que estão aqui (universidade) buscando um futuro melhor. A situação da Uenf é lamentável”, ressaltou. Marina Lopes acredita que o estado virou as costas para a universidade, pois deseja que a instituição feche e seja menos um problema.

“Estamos lutando pela manutenção da Uenf porque não queremos deixar a universidade morrer. Alguma autoridade tem que olhar por nós. Sem vigilantes agora estamos à mercê de todos os tipos imagináveis e inimagináveis de crime”, reforçou a estudante de Veterinária.

Fonte; Jornal Terceira via

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